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Como tudo começou...

O nosso movimento começou em Junho de 2017, quando depois de uma grave discriminação direcionada a um casal LGBTQ numa escola em Vagos, vários jovens do país, por desafio da Associação de Estudantes da Escola Secundária Lima de Freitas em Setúbal, se uniram e fizeram um grande protesto a nível nacional, através do hashtag: #escolassemhomofobia

Mas como o ativismo LGBTQ tem que ser contínuo e não pontual, achámos que devíamos levar mais longe este movimento que se criou em torno daquela situação especifica. Assim o fizemos! Partindo de jovens ativistas, surgiu este novo movimento: "Resistência Queer".

Com este movimento pretendemos levar aos jovens de todas as idades (e para a sociedade em geral), a ideia de que é necessário combater a fobia contra pessoas LGBTQ nas nossas escolas, universidades, casas, grupos de amigos, ambiente de trabalho, etc...

                                           

                                Manifesto do Movimento: Resistência Queer

 


     Nos últimos 10 anos viu-se em Portugal uma evolução inédita quanto ao reconhecimento dos direitos LGBTQI, isto em relação aos outros 33 anos restantes de democracia onde apenas na década de 80 a homossexualidade deixou de ser considerada uma patologia. Podemos dizer que, de facto, houve progressos legislativos importantes como o reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo, a despatologização da identidade trans ou o reconhecimento da adoção de crianças por casais do mesmo sexo. A verdade é que a fobia e a discriminação de pessoas LGBTQI em Portugal é uma realidade bem presente! Embora se considere os avanços legislativos importantes, existe todo um combate à discriminação e toda uma mudança e transformação social ainda por fazer Portugal! 
       O nosso movimento acredita que tem que ser o Estado a garantir que este tipo exclusão e discriminação não acontece, ou pelo menos fazer um combate à exclusão, tornando os espaços de utilidade pública mais inclusivos, informar sobre os temas LGBTQI e questões de género e identidade nas escolas, ou até mesmo garantir um abrigo temporário a pessoas LGBTQI que são rejeitadas pela família ou postas fora de casa.
       Queremos informar e sensibilizar as pessoas. Achamos que a educação é a base do combate à discriminação! Achamos que é importante desconstruir estereótipos, falar sobre identidade de género na escola e assim com uma Ed. Sexual que não seja exclusiva a pessoas heterossexuais. Também consideramos que a luta pelos direitos LGBTQI+ tem de ser levada para dentro e fora de estabelecimentos, para a rua, para casa, para as famílias. Não somos conformistas! Não dizemos que está tudo bem e que progredimos o suficiente quando ao nosso lado vemos pessoas LGBTQI a serem agredidas e maltratadas! Não nos conformamos com facto de nestes últimos dois anos os crimes de ódio contra pessoas LGBTQI ter duplicado em toda a Europa! Não vamos ficar indiferentes quando sabemos que nos EUA morrem por ano cerca 50 pessoas LGBTQi resultante de crimes de ódio, e que este número no Brasil chega a ser de 40 por mês, tendo sido registados, nos últimos 5 anos, 2264 assassinatos de pessoas trans! Não nos conformamos! 
       Achamos que existe um conjunto de medidas que podem ser tomadas pelo estado e pelas instituições dele dependentes. Estas são as nossa principais reivindicações:

        -Programa de Educação Sexual inclusivo e que abranja todas as orientações sexuais e aborde  as questões de identidade de género;

        -Sensibilização para os temas LGBTQI, questões de igualdade de géneros e estereótipos género (e de que forma nos oprime enquanto seres humanos) na disciplina de Cidadania e / ou outras equivalentes;

        -Criação de um programa nacional de combate à discriminação de pessoas LGBTQI que inclui acesso fácil e gratuito a apoios em caso de violência física, bullying, discriminação ou abandono familiar. Com este programa também se deveria procurar diretamente combater a homofobia nas escolas, dinamizando atividades, debates, campanhas dentro das escolas, etc…

        -O nosso movimento tem como objetivo ser um movimento dinamizador de atividades, debates, manifestações.

        -A formação de professores em matérias LGBTQI - Vamos apresentar uma proposta de programa de ed. Sexual ao ministério, que no caso de ser aprovado, o ministério encarregar-se-ia de facilitar essa formação que algumas escolas já fazem.



                                                                                                                                               Publicado a 1 de Dezembro de 2017

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Manifesto do Movimento (o que defendemos)

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